sábado, 16 de fevereiro de 2008

"Prestuplenie I Nakazanie"


Sabe quando vc lê a última página de um livro e sente vontade de voltar 'pra' primeira e recomeçá-lo? Crime e Castigo fez isso comigo.

No começo, empaquei um pouco. Perdia o foco. Não por desinteresse ou chatice da obra, mas porque estava ansiosa demais com outras coisas que me roubavam a atenção. Depois que essa "fase" passou, retomei a leitura - e com todo gás. Estar de férias ajudou bastante, pois me deu a possibilidade de devorar aquela história com fervor. E esses termos que eu usei na última frase não são exagero. :]
Em algumas partes, me senti mal de verdade enquanto lia. A situação angustiante do personagem principal(Rodion Românovitch Raskólhnikov) me atingiu em inúmeros momentos, a ponto de me causar aflição e de fazer eu me sentir acuada e enclausurada. Mas não sei se isso é um efeito natural pra quem lê ou se só aconteceu comigo, que sou meio suscetível em relação a essas coisas.
O fato é que Dostoiévski me mostrou como a culpa e/ou o arrependimento são capazes de punir o ser humano, muito mais do que qualquer outra forma de castigo imposto pelas leis. São extremamente comuns as histórias de assassinos cruéis e impiedosos que, mesmo após serem presos e condenados, não mostram o mínimo arrependimento e até se vangloriam de seus atos. Em contrapartida, muitos se entregam à polícia por não suportarem o peso da culpa que os atormenta.
Por que esses sentimentos surgem em alguns e em outros não? Podem até existir explicações religiosas, místicas ou psicológicas pra isso, mas é difícil entender como o ser humano age de forma tão diferente sob o impacto de uma mesma situação.
Não seria possível, num futuro distante, usar essa "auto-punição" para castigar um indivíduo, ao invés de utilizar as leis, que em muitos casos não provocam efeito moral algum no condenado? Sim, uma aplicação real dos métodos - duvidosos! - retratados num dos grandes filmes de Stanley Kubrick: Laranja Mecânica.
Concomitantemente, até que ponto um homem tem o direito de sentenciar e punir outro através de sua própria consciência? Qual o direito de cada um de nós de interferirmos na mente e na conduta dos outros, mesmo que esses sejam assassinos cruéis?
É, muitas dúvidas... Mas uma certeza: Fiódor era foda! ;D


Ah! O título do post é o nome do livro na versão original.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Não, o blog não morreu. Simplesmente eu não tinha o que escrever e também estava com preguiça. Não que isso tenha passado, mas eu precisava postar alguma coisa... :]
Depois de alguns "fracassozinhos" no vestibular, comecei o técnico em design gráfico. Ainda não tive aula de verdade, mas estou gostando muito.


Ando com muitas dúvidas. Uma hora eu quero e na outra não.
Por que eu tinha que ser indecisa? Taurino é foda! ¬¬