O sol esquentava a cama e o seu rosto, mas a preguiça era maior e por isso ela continuava deitada. Empurrou o lençol para mais longe e observou a claridade que batia em suas pernas. Sentiu vontade de sorrir, sem motivo aparente. Olhou o relógio: já era hora de levantar, afinal um dia longo e atarefado a esperava ansiosamente.
Fez tudo como de costume, mas lhe parecia que cada aspecto do seu dia-a-dia - por mais simples que fosse - mostrava-se mais colorido, intenso e prazeroso. Foi para a rua, pegar aquele caminho tão rotineiro e sem graça. Surpreendeu-se, porém, com uma cidade que mostrava-se mais bonita. Até o ônibus cheio lhe pareceu menos penoso.
E desse modo as horas foram passando. A noite chegou e ela despediu-se de suas obrigações. Voltou para casa, tomou um banho e então sentou no sofá, com uma caneca de leite gelado na mão. Olhou para o lado e lá estava o telefone. Apertou o botão da secretária eletrônica, recostou-se no sofá e fechou os olhos, enquanto esperava a voz mecânica terminar sua fala programada. Nesse momento, enfim, a voz dele ecoou pela sala. Suas palavras tão bobas e comuns ganharam asas e começaram a dançar por todo o aposento.
O som de bip avisou que chegara o fim da mensagem. Ela abriu os olhos e deu de cara com seu reflexo na mesinha de centro. Tinha ares de criança e um sorriso inconsciente estampados no rosto. Colocou a caneca sobre o móvel, apagou a luz e deitou no sofá. Logo adormeceu.
De repente, acordou. Olhou para os lados e estava no quarto de hospital, de volta ao seu verdadeiro mundo. Fora tudo um sonho, lembranças de um passado recente que ela queria de volta.
Fez tudo como de costume, mas lhe parecia que cada aspecto do seu dia-a-dia - por mais simples que fosse - mostrava-se mais colorido, intenso e prazeroso. Foi para a rua, pegar aquele caminho tão rotineiro e sem graça. Surpreendeu-se, porém, com uma cidade que mostrava-se mais bonita. Até o ônibus cheio lhe pareceu menos penoso.
E desse modo as horas foram passando. A noite chegou e ela despediu-se de suas obrigações. Voltou para casa, tomou um banho e então sentou no sofá, com uma caneca de leite gelado na mão. Olhou para o lado e lá estava o telefone. Apertou o botão da secretária eletrônica, recostou-se no sofá e fechou os olhos, enquanto esperava a voz mecânica terminar sua fala programada. Nesse momento, enfim, a voz dele ecoou pela sala. Suas palavras tão bobas e comuns ganharam asas e começaram a dançar por todo o aposento.
O som de bip avisou que chegara o fim da mensagem. Ela abriu os olhos e deu de cara com seu reflexo na mesinha de centro. Tinha ares de criança e um sorriso inconsciente estampados no rosto. Colocou a caneca sobre o móvel, apagou a luz e deitou no sofá. Logo adormeceu.
De repente, acordou. Olhou para os lados e estava no quarto de hospital, de volta ao seu verdadeiro mundo. Fora tudo um sonho, lembranças de um passado recente que ela queria de volta.