domingo, 16 de janeiro de 2011

Corra, Lola, Corra

Fatos estranhos aconteceram na virada do ano: eu comi pouco diante daquela orgia gastronômica (e nos dias subsequentes, o que torna o fato de vc não ter emagrecido nem 100g ainda mais deprimente) e não me impus 467 resoluções de ano novo.
Mas isso não quer dizer que eu não tenha mil planos pra ele. Na verdade, o que anda me acontecendo é uma necessidade absurda de fazer todas as coisas que eu planejo pra uma vida inteira com uma urgência descabida. Parece que fui diagnosticada com uma doença incurável ou escapei da morte e agora tenho intenção de abocanhar as pessoas e o mundo descontroladamente, só que sem essa margem de anuidade.
Tenho planos e anseios pra vida, não pra 2011.
Então começo a pensar nos lugares que quero conhecer, nos livros que preciso ler e ter, nos filmes que quero assistir e colecionar, nos cursos de francês, alemão, fotografia, história da arte, tipografia e mais um milhão de outros que eu morro de vontade de fazer, nas coisas que gostaria de comprar, nas mudanças capilares que me cairiam bem, nos milhares de restaurantes da cidade - e de outras - nos quais eu quero comer, na carta de motorista que eu quero tirar, em tudo de novo que eu gostaria de conhecer e aprender.
E aí me bate um desespero. Desespero porque parece que eu tenho coisas demais a descobrir, fazer e adquirir e tempo de menos. Desespero porque uma vida só não dá conta de tudo isso. Desespero.

Eu era feliz quando, na passagem de ano, minha lista de resoluções tinham 467 itens, mas eles englobavam coisas mais palpáveis como "emagrecer 5kg" ou "tirar 10 em todas as matérias da escola, incluindo Ed. Física".


(Odeio escrever posts desse tipo, mas levando em conta o abandono desse blog, já tá no lucro)